Os principais aliados de Washington enviaram uma mensagem unificada de consternação em uma reunião ministerial do G7, neste sábado, pedindo ao presidente dos EUA, Donald Trump, que revogue as tarifas sobre o aço que entraram em vigor na sexta-feira.
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Comércio/G7: EUA devem dar 'sinais positivos' para evitar escalada, adverte FrançaNo Twitter, Trump defende tarifas contra "estupidez comercial"Os principais parceiros comerciais censuraram a ofensiva comercial multilateral de Trump, enquanto seus governos anunciavam contra-medidas e desafios legais. Um após o outro, os ministros das finanças e os presidentes de Banco Central falaram de um permanente sentimento de traição por parte de um aliado de longa data.
Mnuchin, no entanto, subestimou as divergências e disse que os Estados Unidos estavam comprometidos com o processo do G7. Anunciando o fim da reunião, o ministro das Finanças canadense, Bill Morneau, disse que o governo anfitrião e cinco outros pediram a Mnuchin para transmitir sua "preocupação unânime e desapontamento".
"Dissemos que esperávamos coletivamente que ele retribuísse a mensagem de arrependimento e desapontamento com as ações americanas e que elas não sejam construtivas", disse Morneau. O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, também expressou a indignação da França quando as reuniões terminaram.
"Quero deixar claro", disse Le Maire, "que cabe ao governo dos EUA tomar as decisões certas para aliviar a situação e aliviar as dificuldades". Evitar a guerra comercial "dependerá da decisão que a administração (dos EUA) está pronta para tomar nos próximos dias e nas próximas horas - não estou falando sobre as próximas semanas", acrescentou.
O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, disse aos repórteres que as tarifas dos EUA são "um problema muito sério" para as relações transatlânticas.
As tarifas de Trump sobre os maiores fornecedores de aço ocuparam o centro a agenda desse evento de construção de consenso entre os países que respondem por cerca de metade do PIB global. Nenhuma declaração final conjunta surgiu da reunião ministerial do G7, em sinal da forte divergência entre as maiores economias globais.
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