A central sindical majoritária Confederação Geral de Trabalhadores (CGT) anunciou nesta terça-feira (12) a realização de uma greve geral na Argentina na segunda-feira, 25 de junho, em rechaço à política econômica do presidente Mauricio Macri, que recentemente assinou um acordo com o FMI.
"Vamos levar adiante uma medida de força de 24 horas, sem mobilização nas ruas. A situação dos setores mais vulneráveis, trabalhadores, aposentados e desocupados é cada vez mais alarmante" disse em coletiva de imprensa um dos líderes sindicais, Héctor Daer.
A greve será a terceira contra o governo Macri desde que assumiu, em dezembro de 2015. A economia está em cheque devido a uma crise de confiança nos mercados, agravada pela inflação que os consultores projetam em 30% neste ano, com atividade econômica em claro desaquecimento.
"Nós nos opomos ao veto da redução tarifária", disse um comunicado da CGT, referindo a anulação, por Macri, de uma lei aprovada pelo Congresso para reduzir os "tarifaços" de 26% a 53% sobre as contas de eletricidade, gás e água, diante de um limite anual de 15% sobre aumentos salariais.
Sindicatos de funcionários públicos, professores e caminhoneiros farão, nesta quinta-feira, uma paralisação de 24 horas em rejeição à política econômica e vão se unir à greve do dia 25.
O protesto acontece em meio a uma profusão de paralisações e marchas de organizações sociais e políticas que reclamam mudanças na política econômica.
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