O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou nesta sexta-feira (22) seus opositores democratas de divulgarem "falsas histórias de tristeza e luto sobre as crianças separadas de seus pais imigrantes na fronteira com o México.
"Nossa fronteira sul deve continuar forte", disse no Twitter.
"Não podemos permitir que nosso país seja invadido por imigrantes ilegais enquanto os democratas contam suas histórias falsas de tristeza e luto, esperando que isso lhes ajude nas eleições", acrescentou.
Trump envia sinais contraditórios sobre este tema.
"Não gostava de ver famílias separadas", disse Trump há dois dias após assinar um decreto que dava fim às separações sistemáticas, uma política iniciada por ele mesmo no começo de maio para desestimular a travessia clandestina de imigrantes pela fronteira.
Mais de 2.300 crianças e jovens imigrantes - em sua maioria fugindo da violência na América Central - foram separados de suas família após sua prisão na fronteira e enviados a centros de detenção, por vezes a mais de 3.000 km de onde estão os pais ou tutores.
O caso da separação despertou uma onda de indignação dentro e fora dos Estados Unidos, estampada na capa da revista Time, que fez uma montagem em que uma pequena menina chora diante de Donald Trump.
Mas Honduras garantiu, nesta sexta, que a menina, Yanela Varela, não tinha sido separada de sua família.
Seu pai ainda apontou que, de fato, tinha sido detido com sua mãe em um centro para migrantes em McCallen, no Texas (sul).
"É vergonhoso que os democratas e a mídia explorem esta foto de uma menina", tuitou a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders. "Ela não foi separada de sua mãe. A separação aqui foi da verdade", afirmou.
Em Washington, a Câmara dos Representantes não conseguiu aprovar na terça-feira um projeto de lei migratória conservador.