O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, validou nesta sexta-feira (22) os depoimentos que sustentarão a delação premiada de Antonio Palocci, homem forte dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, informou a Agência Brasil.
O acordo foi assinado com a Polícia Federal em abril, mas estava aguardando a validação da Justiça.
O conteúdo dos depoimentos está sob segredo de Justiça.
Palocci, de 57 anos, está preso desde setembro de 2016 no âmbito da Operação Lava Jato. Foi condenado em junho de 2017 a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem "de mais de 10 milhões de dólares" no caso Petrobras para financiar campanhas políticas.
Contudo, não se sabe se o acordo com a polícia implicará uma redução de sua pena, que cumpre na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
Palocci, que em 1980 fez parte do núcleo fundador do Partido dos Trabalhadores, foi ministro da Fazenda de Lula entre 2003 e 2006, e ministro chefe da Casa Civil de Dilma em 2011.
Em suas declarações ao juiz Sérgio Moro, Palocci desferiu um golpe contra Lula ao assegurar que o ex-presidente negociou acordos ilícitos e milionários com a empreiteira Odebrecht.
Lula sempre negou as acusações e questionou os depoimentos de Palocci, assinalando que seu ex-ministro havia sido alvo de pressões para denunciá-lo.
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