As autoridades reguladoras permitiram a fusão dos grupos Disney e Fox, sob condição de vender seus canais esportivos, o que foi aceito pela empresa, abrindo caminho para a criação de um gigante em um setor de mídia em plena transformação.
Para obter a aprovação neste processo, a Disney terá que deixar 22 canais esportivos locais a fim de preservar a concorrência, informou o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, anunciando que a empresa concordou.
O anúncio torna a proposta de compra da Disney pela Fox mais perto de se tornar realidade.
A Disney, que recentemente precisou aumentar sua oferta inicial pela Fox, depois de uma contra-oferta de 65 bilhões por parte da Comcast, deverá pagar mais de 71 bilhões para assumir os ativos desta empresa, inclusive dos estúdios cinematográficos - metade em dinheiro e metade em ações.
Contudo, a fusão desses dois gigantes ainda não é um fato, já que a Comcast aparentemente estava procurando por um parceiro comercial para aumentar a oferta pela Disney, de acordo com reportagens do The Wall Street Journal e da Bloomberg.
As ações da Fox subiram 1,7%, a 48,50 dólares. As da Disney subiram 0,7%, a 104,96, enquanto as da Comcast recuaram 0,3%, a 32,67 dólares.
O Departamento de Justiça argumentou que esses canais esportivos deveriam ser vendidos porque a Disney e a Fox atualmente competem na programação esportiva em vários mercados dos Estados Unidos. Uma fusão, portanto, significaria preços mais altos para esses clientes.
Os consumidores americanos se beneficiaram da forte competição entre a Disney e a Fox na programação esportiva, argumentou o promotor encarregado de assuntos antitruste Makan Delrahim.
"Com este acordo, garantimos que a competição continuará" neste setor, disse Delrahim. Este acordo ainda deve ser aprovado por um tribunal federal.
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