Uma brasileira migrante reencontrou seu filho nesta quinta-feira (5), depois que um juiz dos EUA determinou que o menino de dez anos de idade fosse liberado de um abrigo de Chicago.
O menino estava entre as mais de duas mil crianças separadas dos pais na fronteira dos Estados Unidos com o México, devido a uma política migratória de "tolerância zero" pela qual adultos foram processados e seus filhos levados embora.
Sirley Paixão processou o governo dos EUA na segunda-feira para recuperar a custódia de seu filho Diego. Os dois passaram mais de um mês separados depois de terem cruzado ilegalmente a fronteira do sul dos EUA em busca de refúgio.
Um juiz federal em Chicago ordenou a liberação de seu filho, Diego, apontando a probabilidade de "dano irreparável". Os dois se reuniram logo depois, de acordo com relatos da mídia norte-americana.
"Os demandantes demonstraram em sua alegação que a separação continuada de (Diego) de seus pais viola seus direitos de um devido processo legal", afirmou o juiz da Corte Distrital dos EUA, Manish Shah, por escrito.
Após o reencontro, mãe e filho foram ficar com parentes e amigos em Boston, enquanto o pedido de refúgio de Paixão é processado, informou a mídia americana.
"Estou muito, muito feliz", disse Paixão à imprensa por meio de um intérprete após a audiência. "Ele vai estar bem ao meu lado, e ele nunca mais vai a lugar nenhum", garantiu.
O encontro aconteceu no dia em que o governo de Donald Trump anunciou que recorreu a testes de DNA em cerca de 3 mil crianças migrantes detidas que permanecem separadas de seus pais, a fim de reunir as famílias nos prazos impostos pelos tribunais.
Na quarta-feira, o Ministério de Direitos Humanos informou em nota que o ministro da pasta, Gustavo Rocha, participaria em Chicago nesta quinta-feira de encontros diplomáticos e consulares sobre a questão migratória, em uma missão organizada pelo Ministério das Relações Exteriores.
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