Rebeldes sírios e suas famílias começaram a ser evacuados neste domingo da cidade de Deraa, mais de sete anos depois do início nessa região da revolta contra o regime de Damasco.
Centenas de combatentes e alguns familiares subiram a bordo de 15 ônibus, indicou um jornalista das AFP presente no local.
Os rebeldes começaram no sábado a entregar suas armas pesadas ao regime de Bashar Al Asad, depois de um acordo por escrito com o regime sírio e seu aliado, a Rússia.
Ao final de uma ofensiva relâmpago lançada em 19 de junho, o regime de Assad e a Rússia conseguiram derrotar os rebeldes nesta região considerado o berço da revolta contra o presidente sírio.
Os rebeldes acabaram assinando um acordo de reconciliação, que se assemelha mais uma capitulação e que implica o desarmamento e a evacuação dos insurgentes.
Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), cerca de 1.400 pessoas serão evacuadas neste domingo em um único grupo.
O poder sírio já recuperou a quase totalidade da província de Deraa.
Além disso, depois de mais de sete anos de guerra civil, o governo já reconquistou os territórios perdidos para grupos rebeldes e jihadistas e agora controla mais de 50% do país.
Neste domingo, também, as forças governamentais bombardeavam intensamente a estratégica provílncia de Quneitra, no sul, onde as tropas conquistaram a localidade Mashara, segundo o OSDH.
Segundo a fonte, os combates começaram durante a madrugada e mais de 800 mísseis e obuses foram disparados contra várias localidades da província, além dos violentos ataques terrestres, mas ainda não há um balanço de vítimas.
A província de Quneitra, geograficamente estratégica por ser fronteiriça com a parte da Colina de Golã anexada por Israel, é controlada em 70% pelos rebeldes e 30% pelas forças favoráveis ao governo.
Ao contrário da província de Deraa, conquistada em sua quase totalidade pelas forças do governo, os aviões sírios não foram usados em bombardeios neste domingo e os russos não participam por ora na ofensiva, segundo o OSDH.