A estudante universitária brasileira Raynéia Gabrielle Lima foi morta a tiros na noite desta segunda-feira, 23, em Manágua, capital da Nicarágua, segundo a Embaixada do Brasil no país caribenho. A suspeita é de que os tiros tenham sido disparados por paramilitares em meio à onda de violência que atinge o país e que deixou quase 300 mortos em três meses.
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Pai de brasileira morta na Nicarágua ainda não tem informações sobre o casoDezenove crianças brasileiras separadas dos pais nos EUA reencontram famílias Juiz dos EUA ordena reencontro de mãe imigrante brasileira e filhoBrasileira recém-nascida sobrevive após ser enterrada vivaApós morte de estudante, Brasil chama de volta embaixador na Nicarágua Governo busca esclarecimentos sobre morte trágica de brasileira na NicaráguaA estudante foi levada pelo namorado para o hospital, mas os "ferimentos eram fatais" e ela faleceu nas primeiras horas da manhã, indicou Medina. Uma bala perfurou o fígado e a jovem morreu quando era atendida no Hospital Militar em Manágua, de acordo com informações do canal 100% Noticias.
Raynéia, que morava há seis anos na Nicarágua, nasceu em Pernambuco e fazia estágio no hospital da polícia Roberto Huembes.
O governo brasileiro reagiu por meio de nota do Itamaraty, expressando sua "profunda indignação e condenação à trágica morte ontem, 23 de julho, da cidadã brasileira Raynéia Gabrielle Lima (...) atingida por disparos em circunstâncias sobre as quais está buscando esclarecimentos junto ao governo nicaraguense".
"O governo brasileiro torna a condenar o aprofundamento da repressão, o uso desproporcional e letal da força e o emprego de grupos paramilitares em operações coordenadas pelas equipes de segurança", acrescenta o comunicado.
A presidente do Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh), Vilma Núñez, declarou que a estudante "foi alvejada sem nenhuma razão" e disse que a organização vai realizar investigações sobre o incidente.
Os protestos, que começaram em 18 de abril contra uma reforma da Previdência Social, levaram ao pedido de impeachment do presidente Daniel Ortega e de sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo..