A reforma fiscal de Donald Trump, que cortou no início do ano os impostos sobre as empresas, enfraqueceu os investimentos estrangeiros diretos em todo mundo no primeiro trimestre, devido a uma repatriação em massa dos lucros por parte de grupos americanos, indicou a OCDE.
Os investimentos estrangeiros diretos caíram de 242 bilhões de dólares no último trimestre de 2017 para 136 bilhões durante os três primeiros meses deste ano, segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
"Esta mudança na tendência se deve, principalmente, a uma grande repatriação dos lucros das subsidiárias americanas por suas empresas-matriz", afirma o organismo, explicando a forte queda dos investimentos diretos americanos no exterior.
Em longo prazo, a OCDE acredita que a reforma fiscal americana poderá "ter um impacto significativo e duradouro", apesar de reconhecer que é difícil fazer prognósticos, enquanto se desconhecer se outros países tomarão medidas para responder à reforma de Trump.
A reforma fiscal americana reduziu os impostos sobre as empresas de 35% para 21%.
No total, os cortes de impostos custarão 1,5 trilhão de dólares nos próximos dez anos, alguns dos quais deverão ser compensados, segundo a administração Trump, pelas receitas geradas por um maior crescimento econômico.
Nesta sexta, o Departamento do Comércio americano divulgou em uma primeira estimativa que a economia dos Estados Unidos no segundo trimestre registrou mais de 4% pela primeira vez em quatro anos.
De abril a junho, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alcançou 4,1% interanual, a taxa mais alta desde o último trimestre de 2014.
O presidente Trump saudou imediatamente a divulgação das estatísticas de crescimento como um "milagre econômico", dizendo que a taxa de 4,1% não é uma "oportunidade única".
"Como os acordos comerciais vêm um por um, vamos subir muito mais", declarou Trump, buscando mostrar que suas políticas econômicas estão dando certo.
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