Pesquisadores japoneses anunciaram nesta segunda-feira o primeiro teste em humanos com um tipo de célula-tronco para tratar o Mal de Parkinson, com base em testes anteriores em animais.
A equipe de pesquisadores da Universidade de Kyoto planeja injetar cinco milhões de células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) - que têm o potencial de se desenvolver em qualquer célula do corpo - em cérebros de pacientes, disse a universidade em um comunicado à imprensa.
As células iPS de doadores saudáveis serão desenvolvidas em células cerebrais produtoras de dopamina, que não estão mais presentes em pessoas com Mal de Parkinson.
A doença de Parkinson é um distúrbio neurológico crônico degenerativo que afeta o sistema motor do corpo, muitas vezes causando tremores e outras dificuldades no movimento.
Cerca de 10 milhões de pessoas no mundo têm essa doença, de acordo com a Fundação do Mal de Parkinson.
As terapias atualmente disponíveis "melhoram os sintomas sem retardar ou interromper a progressão da doença", diz a fundação.
Mas a nova pesquisa busca reverter ativamente a doença.
O teste clínico com sete participantes de entre 50 e 69 anos começará nesta quarta-feira.
O teste humano chega depois de um teste anterior envolvendo macacos.
Pesquisadores anunciaram no ano passado que primatas com sintomas de Parkinson recuperaram uma mobilidade significativa depois que as células iPS foram inseridas em seus cérebros.
Eles também confirmaram que as células iPS não se transformaram em tumores durante os dois anos após o implante.
As células iPS são criadas estimulando células maduras, já especializadas, de volta ao estado juvenil - basicamente clonagem sem a necessidade de um embrião.
Estas células podem ser derivadas do paciente, tornando-as menos propensas a serem rejeitadas, ao mesmo tempo em que evitam as questões éticas de tomar células de embriões.
As iPS podem ser transformadas em uma variedade de tipos de células, e seu uso é um setor-chave da pesquisa médica.
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