Ao menos 1,4 milhão de adultos faz atividade física insuficiente, o que os expõe a um maior risco de sofrer de doenças cardiovasculares, diabetes, demência ou algum tipo de câncer, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira.
Em nível mundial, uma a cada três mulheres e um a cada quatro homens não fazem atividade física suficiente para gozar de boa saúde, segundo o estudo realizado por investigadores da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os autores ressaltam a falta de progresso no nível da atividade física durante o transcurso da pesquisa, entre 2001 e 2016.
"Diferentemente do que ocorre com outras ameaças à saúde mundial, a atividade física insuficiente não está se reduzindo no mundo, e um quarto dos adultos não tem os níveis de atividade física recomendados para ter uma boa saúde", adverte a principal autora do estudo, Regina Guthold, da OMS.
Trata-se do primeiro estudo que analisa as tendências mundiais em matéria de atividade física, destaca a revista The Lancet Global Health, que publica os resultados da pesquisa.
O estudo envolveu pessoas com mais de 18 anos procedentes de 168 países, totalizando 1,9 milhão de indivíduos.
A OMS recomenda aos adultos que façam 150 minutos por semana de atividade física moderada (caminhar, nadar, andar de bicicleta e etc.) ou 75 minutos de exercício mais intenso (correr, praticar esporte colectivo e etc.).
Abaixo deste nível se considera que a atividade física é insuficiente.
Em todas as regiões do mundo, exceto no leste e no sudeste da Ásia, as mulheres são menos ativas que os homens.
Os índices de atividade insuficiente entre adultos são bastante distintos entre os países pobres (16%) e os países ricos (37%).