As autoridades alemãs decidiram suspender nesta quarta-feira as operações de evacuação de militantes ecologistas que ocupam um bosque para impedir a expansão de uma mina de carvão, após a morte acidental de um jornalista.
"Não podemos agir simplesmente como se não tivesse acontecido nada", declarou à imprensa o ministro regional de Renânia do Norte-Vestfália, Herbert Reul.
Um homem, "aparentemente um jornalista", segundo a polícia, morreu nesta quarta após a queda de uma ponte que unia duas cabanas construídas nas árvores.
O bosque de Hambach, perto de Aachen, no oeste do país, está ocupado há anos por dezenas de militantes ecologistas, em alguns casos em casas nas árvores a até 25 metros de altura.
Trata-se de um "acidente trágico" que não está "ligado aos trabalhos de evacuação que estão sendo executados", afirmou a polícia de Aachen.
No sétimo dia da controversa operação, as forças policiais desmantelaram 39 das 50 casas construídas nas árvores.
A evacuação já levou a vários incidentes. No domingo, nove militantes ficaram levemente feridos e 34 foram presos.
Os ativistas querem impedir o corte de árvores planejados pelo grupo de eletricidade RWE, autorizado pelas autoridades, para permitir a expansão de uma mina de lignito, um tipo de carvão altamente poluente.
A RWE reagiu no Twitter ao que aconteceu, dizendo que está "profundamente chocada".
A floresta de Hambach tornou-se um símbolo dos adversários do carvão, que continua sendo uma importante fonte de produção de eletricidade na Alemanha, especialmente depois que o país decidiu, em 2011, abandonar a energia nuclear até 2022.
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