Os países latino-americanos devem apostar em pactos para conseguir erradicar o trabalho infantil para 2025, como se comprometeram depois de fracassarem na tentativa anterior para extinguir o problema, afirmou uma especialista da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
"Deveria haver um pacto de Estado para a proteção da infância", a fim de enfrentar o trabalho infantil, disse à AFP a espanhola Elena Montobbio, diretora-adjunta da OIT Andina.
Esse pacto deve incluir aumentos no orçamento para a implementação de políticas públicas e sociais em favor da infância, uma melhora nos sistemas de mensuração e localização dos municípios com maiores riscos e um compromisso entre empresários e organizações sindicais, segundo Montobbio.
A especialista, que falou no contexto da 19ª reunião regional americana da OIT no Panamá, pediu para "colocar as lentes do trabalho infantil em toda ação social" porque a região já está "em tempo de prorrogação" para eliminar o emprego de menores.
Segundo a OIT, o trabalho infantil na América Latina passou de 14,1 milhões em 2008 para 10,5 milhões em 2016.
Essa redução aconteceu pela implementação de políticas sociais, um maior compromisso dos governos, o crescimento da economia e a redução da pobreza, afirmou a especialista.
No entanto, não foi suficiente para eliminar essa prática, apesar da América Latina ter se comprometido a erradicar o trabalho infantil em 2016.
Agora o compromisso é acabar com o emprego para menores de idade em 2025.