A Organização de Estados Americanos (OEA) realizou neste domingo (7) sua primeira missão de observação eleitoral no Brasil, nas eleições marcadas pela tensão e pela ascensão do candidato de extrema direita à Presidência Jair Bolsonaro.
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Minas Gerais é o estado com maior número de substituições de urnas eletrônicasRosa Weber evita se posicionar sobre eventual anulação das eleições por fake newsÉ boato notícia sobre processamento dos votos antes da tecla confirma, diz Justiça EleitoralEm um pronunciamento quatro horas após a abertura das urnas, a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, afirmou que a presença desta equipe da organização com sede em Washington dá mais transparência ao processo.
Ann Ravel, especialista americana em regulação eleitoral, membro da missão da OEA, disse à AFP estar "extremamente impressionada" com o sistema brasileiro para "garantir um voto seguro" e afirmou que é "muito melhor" que o dos Estados Unidos, que "pode ser hackeado".
Usada há mais de 20 anos, a urna eletrônica é conhecida por sua confiabilidade e sua agilidade.
Contudo, ao longo da campanha, seu uso foi questionado por Bolsonaro, que alertou para a possibilidade de fraudes.
Neste domingo, Flávio Bolsonaro, seu filho e candidato ao Senado pelo Rio, postou um vídeo que mostra a urna "autocompletando" o voto com o candidato do PT, Fernando Haddad, após ser digitado apenas o número 1. Pelo Twitter, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais negou erro na urna e afirmou que o vídeo foi manipulado.
A presidente do TSE lembrou que há muitas notícias falsas e manipulações circulando sem controle nesta campanha, e garantiu que esse vídeo será investigado pelas autoridades cabíveis.
Weber admitiu que as autoridades eleitorais ainda estão "aprendendo a lidar com fake news", mas reiterou que o sistema é "ágil, seguro e nos inspira a maior confiança".
"É um sistema auditável, que permite a verificação de uma eventual fraude, mas até agora não temos nenhum caso comprovado", afirmou.
Desde 1962, a OEA realizou mais de 240 missões de observação eleitoral em 28 de seus 34 Estados-membro.
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