O candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), ao Palácio do Planalto denunciou neste domingo (7) que "problemas" com as urnas eletrônicas o teriam impedido de se eleger presidente no primeiro turno.
"Se esse problema não tivesse ocorrido, se tivesse confiança no sistema eletrônico, já teríamos o nome do novo presidente", disse Bolsonaro em transmissão no Facebook, sem denunciar explicitamente uma fraude.
Após a apuração de quase a totalidade das urnas, Bolsonaro obteve 46,18% dos votos e disputará o segundo turno com Fernando Haddad, do PT, que teve 29,07% dos votos.
Durante a campanha, o controverso capitão do Exército na reserva já tinha questionado abertamente a confiabilidade do complexo sistema de votação eletrônica no Brasil, e chegou a advertir para riscos de fraude.
Mas na última semana, reiterou várias vezes que aceitaria os resultados, fossem quais fossem.
Após a divulgação dos resultados oficiais, que confirmaram o segundo turno, seguidores de Bolsonaro denunciaram fraude em frente à sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília, constatou a AFP.
Em seu pronunciamento no Facebook, o candidato disse "ter recebido muitas denúncias de urnas que tiveram problemas" e afirmou que "houve muitas reclamações", mas em nenhum momento insinuou que não aceitará o resultado.
Depois que um dos filhos do capitão, Flavio Bolsonaro, eleito para o Senado, divulgou um vídeo durante o dia com supostas irregularidades, a presidente do TSE, Rosa Weber, defendeu o sistema brasileiro, o qual qualificou como "infalível, ágil e seguro".
Ao lado do economista liberal Paul Guedes, a quem chama de seu 'Posto Ipiranga', Bolsonaro comemorou a vitória, previu um difícil segundo turno e prometeu unir o país.
"Não vai ser fácil este segundo turno, eles têm bilhões para gastar", acrescentou, em alusão à máquina eleitoral do PT, de Haddad.
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