A Google apresentou nesta terça-feira (16) soluções para encerrar suas práticas prejudiciais à concorrência para o caso do Android, sistema operacional gratuito para smartphone e, assim, evitar novas sanções financeiras de Bruxelas.
A Comissão Europeia aplicou uma multa recorde de 4,34 bilhões de euros sobre a gigante americana em 18 de julho. A Google foi acusada de abusar da posição dominante de seu sistema operacional gratuito para smartphones, o Android, a fim de impor a predominância de seu serviço de busca online Chrome.
A Comissão deu à empresa 90 dias para encerrar suas práticas ilegais, sob pena de sanções de até 5% do volume médio diário de negócios da Alphabet, empresa controladora da Google.
A empresa americana, que até agora colocava seus aplicativos do Google, como Gmail e YouTube, gratuitamente à disposição das fabricantes de smartphones Samsung e Huawei, terá que exigir o pagamento de uma licença de exploração a partir de agora.
Ela não queria, no entanto, especificar o valor dessa licença e diz que não saber se as fabricantes repassariam o preço da licença aos consumidores de seus produtos. As fabricantes terão que decidir, acrescentou a Google.
Pelo contrário, a empresa insistiu que o Android, seu sistema operacional para smartphone, permanecerá gratuito.
Essas soluções serão aplicadas a partir de 29 de outubro e dizem respeito apenas aos novos dispositivos introduzidos no mercado na Europa.
A Comissão Europeia tomou nota do anúncio do Google. "Examinará cuidadosamente as soluções propostas e verá se elas são eficazes e respeitam a decisão" do Executivo europeu, disse um de seus porta-vozes.
Em 9 de outubro, a Google havia apelado da multa recorde aplicada por Bruxelas. A soma da multa foi colocada em uma conta congelada e o processo levará anos para chegar ao seu ponto final.