(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

PT pede rapidez em investigação sobre suposto uso ilegal de WhatsApp na campanha


postado em 19/10/2018 19:35

O Partido dos Trabalhadores, do candidato à Presidência da República Fernando Haddad, pediu nesta sexta-feira (19) à Justiça eleitoral que agilize os prazos para investigar as denúncias de que empresários compraram pacotes de serviço de disparo em massa de "fake news" por WhatsApp para beneficiar seu adversário, Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal.

"Precisamos de uma atuação urgente, pedimos ao tribunal que possa agilizar os prazos", expressou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, após se reunir em Brasília com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber.

O caso explodiu na quinta-feira com a publicação de uma matéria do jornal Folha de S.Paulo sobre empresas que compraram pacotes de serviços para propagar mensagens em massa a favor de Bolsonaro, antes deste vencer o primeiro turno, em 7 de outubro, com uma vantagem muito maior do que a prevista pelas pesquisas.

Segundo a Folha, uma campanha similar estaria sendo preparada para a semana anterior ao segundo turno, que ocorrerá em 28 de outubro.

O PT denunciou que esta prática fraudulenta afetou os resultados do primeiro turno e pediu uma investigação contra a campanha de Bolsonaro por "abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação digitais".

O candidato do PSL negou as acusações e sustentou que o PT está fazendo de tudo para deixá-lo fora de combate.

Hoffmann disse ter saído "muito preocupada" da reunião por conta das "condições do Tribunal Superior Eleitoral de enfrentar (...) a fabricação de notícias falsas e mentirosas", pois a autoridade eleitoral irá tratar o "processo legal como se estivéssemos na normalidade".

"Ontem nós entramos com uma ação (...), inclusive com pedidos de medidas cautelares para fazer busca e apreensão para produção de provas, e até agora não obtivemos decisão do tribunal", acrescentou.

A juíza do TSE e outras autoridades darão uma entrevista coletiva para abordar "os questionamentos sobre o primeiro turno das eleições".

O PT também pede em seu recurso que as empresas suspeitas de participar deste suposto esquema de propaganda pelo WhatsApp sejam investigadas e que o TSE obrigue a plataforma de mensagens instantâneas a tomar medidas que restrinjam a divulgação de notícias falsas nos nove dias restantes até o segundo turno.

Mas a presidente do PT teme que o TSE não agilize o processo e haja uma "destruição de provas".

As redes sociais têm desempenhado um papel-chave na ascensão política de Bolsonaro, que conta com mais de 14 milhões de seguidores no Facebook, Twitter e Instagram, enquanto seu adversário soma 2,8 milhões.

Com 120 milhões de usuários, o WhatsApp é um aplicativo muito popular no país. Das pessoas que usam a Internet no Brasil, 90% utilizam esse sistema de comunicação, segundo a consultora Comitê Gestor de Internet no Brasil.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)