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Estado de Minas

Ex-assessor de Trump diz que EUA e Brasil vão se aproximar

"Bolsonaro representa o caminho do capitalismo esclarecido e será uma liderança populista nacionalista", disse Steve Bannon


postado em 29/10/2018 09:35 / atualizado em 29/10/2018 10:12

O filho de Jair Bolsonaro, Eduardo, esteve em 3 de agosto com Steve Bannon nos Estados Unidos(foto: Reprodução/Facebook Eduardo Bolsonaro)
O filho de Jair Bolsonaro, Eduardo, esteve em 3 de agosto com Steve Bannon nos Estados Unidos (foto: Reprodução/Facebook Eduardo Bolsonaro)

Os Estados Unidos "serão um parceiro ainda mais próximo do Brasil durante o governo" do presidente eleito de extrema-direita Jair Bolsonaro, garantiu Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump.


Em uma entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal Folha de S. Paulo, ele deu boas vindas ao brasileiro ao clube de líderes nacionalistas e conservadores que chegaram ao poder nos últimos anos.


"Num pedaço do mundo onde há socialismo radical e caos na Venezuela e crise econômica, com o FMI mandando na Argentina, Bolsonaro representa o caminho do capitalismo esclarecido e será uma liderança populista nacionalista", considerou Bannon.


O ex-estrategista de comunicação de Trump também ressaltou as semelhanças entre o presidente americano e o brasileiro.


Segundo Bannon, há "muitas semelhanças" entre Trump, Bolsonaro e outros líderes "populistas e nacionalistas" de direita, como Viktor Orban, primeiro-ministro húngaro; Matteo Salvini, ministro do Interior da Itália; ou Nigel Farage, líder pró-Brexit no Reino Unido.


"Vejo três principais pontos em comum entre esses líderes: em situações muito confusas, conseguem identificar quais são os principais problemas e articular as soluções. Por serem autênticos, eles conseguem se conectar com o público de massa, particularmente com a classe trabalhadora e classe média, de modo muito visceral. E, em terceiro lugar, eles têm carisma", enumerou.


Quanto a Trump e Bolsonaro, ele destacou que os dois empregam a estratégia de "usar declarações provocativas para conseguir ser ouvido em meio ao barulho". "Ambos são especialistas em se conectar com as massas", ressaltou.

O encontro do filho do então candidato a presidente com o ex-assessor de Trump foi postada no Facebook(foto: Reprodução/Facebook Eduardo Bolsonaro)
O encontro do filho do então candidato a presidente com o ex-assessor de Trump foi postada no Facebook (foto: Reprodução/Facebook Eduardo Bolsonaro)

Bolsonaro, capitão da reserva de 63 anos, venceu no domingo a presidência com 55% dos votos contra Fernando Hadddad, do Partido dos Trabalhadores (PT) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena de mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.


As redes sociais foram o principal meio de comunicação de Bolsonaro durante la campanha, marcada por suas declarações polêmicas sobre as mulheres, os homossexuais e de combate à criminalidade.


"Se não fosse pelo Facebook, Twitter e outras mídias sociais, teria sido cem vezes mais difícil para esse populismo ascender, porque não conseguiríamos ultrapassar a barreira do aparato da mídia. Trump conseguiu fazer isso, Salvini e Bolsonaro também", explicou Bannon.


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