Jornal Estado de Minas

China mantém proibição de comercializar produtos de tigre e rinoceronte

A China vai manter, por enquanto, a proibição total de comércio de produtos procedentes do tigre ou do rinoceronte, após a indignação provocada pelo anúncio de sua flexibilização, informou nesta segunda-feira (12) uma autoridade de alto escalão.

O governo anunciou no fim de outubro que a venda de produtos como osso de tigre ou chifre de rinoceronte seria autorizada sob certas circunstâncias "particulares": pesquisa científica, venda de obras de arte ou pesquisa de tratamentos médicos.

Esta decisão provocou a indignação das associações de defesa dos animais selvagens, algumas das quais falavam até de "pena de morte" para estas espécies ameaçadas.

No entanto, em uma entrevista publicada nesta segunda pela agência de notícias oficial Xinhua, um alto funcionário do governo indicou que a nova legislação não será aplicada.

"Após estudos, a publicação das disposições anunciadas foi adiada", indicou Ding Xuedong, subsecretário-geral do Conselho de Estado, o gabinete ministerial chinês.

As "proibições continuarão sendo aplicadas", acrescentou, referindo-se à exportação, à venda, ao transporte e ao uso de produtos derivados do tigre e do rinoceronte.

Segundo o alto funcionário, a venda ilegal desses produtos será perseguida e os crimes serão "tratados com rigor".

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