
MIGRANTES
Secretária dos EUA meaça com expulsão
“A crise é real e está do outro lado deste muro”, afirmou ontem a secretária de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Kirstjen Nielsen, ao ameaçar deter e expulsar todos os integrantes da caravana migrante que tentam atravessar a fronteira ilegalmente a partir do México. Nielsen, que concedeu uma entrevista coletiva em Imperial Beach, perto de San Diego, Califórnia, na fronteira sudoeste dos Estados Unidos, afirmou que a caravana que partiu de Honduras há mais de um mês tem agora 6,2 mil pessoas reunidas na cidade fronteiriça mexicana de Tijuana. Além disso, 3 mil estão em Mexicali. A administração do presidente Donald Trump mobilizou quase 6 mil soldados ao longo da fronteira sul e instalou barreiras de arame farpado para evitar que os migrantes entrem nos Estados Unidos.
AFEGANISTÃO
Atentado mata 50 pessoas
Ao menos 50 pessoas morreram ontem em um atentado a bomba durante uma reunião de líderes religiosos em Cabul, na capital do Afeganistão, em um dos atentados mais letais no país nos últimos meses. Outras 83 pessoas ficaram feridas. O atentado ocorreu em um salão de festas durante a reunião de ulemás, teólogos islâmicos, para comemorar o nascimento do profeta Maomé, e ocorre após várias semanas de uma onda de violência no país que deixou centenas de mortos. O porta-voz do Taleban, Zabihulá Mujahid, escreveu em uma mensagem que “condena veementemente este ataque”. As eleições legislativas do mês passado foram o estopim de uma onda de violência que deixou centenas de mortos.
• UNIÃO EUROPEIA
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, afirmou ontem no Parlamento britânico que, mesmo após o Brexit, a União Europeia continuará sendo um parceiro próximo, com o qual se deseja manter boas relações comerciais. A premiê britânica enfrentou fortes críticas dos parlamentares, mas manteve posição firme e, por mais de uma vez, repetiu que está agindo em defesa dos interesses nacionais e que alternativas para o acordo do Brexit poderia resultar em falta de acordo e colocar em risco até mesmo a saída do país do bloco. Segundo May, o ponto mais sensível das discussões continua sendo a fronteira das Irlandas. “Queremos garantir que não haverá uma fronteira ‘dura’”, afirmou.
• POLÔNIA
O governo polonês enviou um projeto de lei para o Parlamento, que readmite os ministros da Suprema Corte do país que tiveram a aposentadoria forçada em julho deste ano. A Polônia esteve em confronto com a União Europeia durante três anos devido às tentativas do partido de extrema direita do governo, o Lei e Justiça (PiS), de impor controle sobre o sistema judicial. A iniciativa de ontem marca um passo significativo do país em se ajustar às demandas de Bruxelas. A ação vem depois de a União Europeia exigir que a Polônia imediatamente suspendesse a lei que baixou a idade de aposentadoria de 70 para 65 anos dos ministros da Suprema Corte, forçando dezenas de juízes a abandonar os seus cargos. Aqueles que tivessem vontade em continuar precisam da aprovação do presidente, que tem o poder de negar o pedido.
• INTERPOL
O sul-coreano Kim Jong Yang foi eleito o próximo presidente da Interpol, superando o candidato russo Alexander Prokopchuk, um veterano dos serviços de segurança de Moscou. Os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a Europa eram favoráveis ao sul-coreano e fizeram lobby contra a candidatura do russo, dizendo que a eleição de Prokopchuk levaria a mais abusos da Rússia ao usar o sistema de detecção da Interpol para caçar adversários políticos. Prokopchuk é um general no Ministério do Interior da Rússia e é o atual vice-presidente da Interpol. A vitória de Kim significa que ele tem ao menos dois terços dos votos da assembleia da Interpol que ocorreu ontem em Dubai. Ele cumprirá mandato até 2020, completando os quatro anos do seu antecessor, Meng Hongwei, que foi preso na China acusado de corrupção.
Continue lendo os seus conteúdos favoritos.
Assine o Estado de Minas.

Estado de Minas
de R$ 9,90 por apenas
R$ 1,90
nos 2 primeiros meses