Os gases que provocam o efeito estufa, uma das causas do aquecimento global, alcançaram níveis recorde de concentração na atmosfera em 2017 - anunciou a ONU nesta quinta-feira (22), fazendo um apelo por uma ação para inverter a tendência.
"Os dados científicos são inequívocos. Caso não sejam reduzidas rapidamente, as emissões de gases do efeito estufa e, em particular do CO2 (dióxido de carbono), as mudança climáticas terão consequências irreversíveis e cada vez mais destrutivas para a vida na Terra", declarou Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência da ONU.
Segundo esta agência da ONU, as concentrações na atmosfera de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), três gases causadores do efeito estufa, voltaram a aumentar no ano passado para estabelecer "novos recordes" em escala global.
E, "nada indica uma investimento desta tendência, que é, porém, o fator determinante da mudança climática, da elevação do nível do mar, da acidificação dos oceanos e de um aumento do número e da intensificação dos fenômenos meteorológicos extremos", afirma a OMM.
Os gases causadores do efeito estufa captam uma parte da radiação solar que atravessa a atmosfera, que, deste modo, se aquece. Este fenômeno aumentou 41% desde 1990. E o CO2 é de longe o principal responsável por esse aquecimento.
Os especialistas também observaram, no ano passado, um recrudescimento "inesperado" de um poderoso gás do efeito estufa que prejudica a camada de ozônio, o CFC-11 (triclorofluorometano), cuja produção é regida por um acordo internacional.
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