Os líderes do G20 reconheceram os atuais "problemas do comércio", no comunicado final de sua reunião de cúpula em Buenos Aires, mas não condenaram o protecionismo, no momento em que Estados Unidos e China travam um embate sobre este tema.
O texto reconhece que o sistema comercial multilateral "falhou em seus objetivos", e destaca a necessidade de mudanças na Organização Mundial do Comércio.
"O comércio e o investimento internacionais são motores importantes de crescimento, produtividade, inovação, criação de empregos e desenvolvimento. Reconhecemos a contribuição do sistema de comércio multilateral e estes objetivos. Atualmente, este sistema é insuficiente, e há espaço para melhorá-lo", assinala o texto final.
O presidente anfitrião, Mauricio Macri, disse que a declaração "marca com clareza" que os membros do G20 miram "no comércio, e que seja em termos equitativos".
O comunicado, no entanto, apega-se à linha crítica da Casa Branca ao sistema multilateral, em meio a uma guerra tarifária que opõe Estados Unidos e China.
Ao ser consultado sobre a ausência da palavra protecionismo no texto final da reunião de cúpula, Macri explicou que "os Estados Unidos não aceitam este rótulo".