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Estado de Minas

Minas terrestres são retiradas de perto do local de batismo de Jesus

Operação ainda deve levar cerca de um ano e está sendo coordenada pelo governo de Israel; artefatos explosivos foram implantados na Guerra dos Seis Dias


10/12/2018 06:55 - atualizado 10/12/2018 09:00

(foto: MENAHEM KAHANA / AFP)
(foto: MENAHEM KAHANA / AFP)

Várias igrejas antigas situadas nas proximidades do local em que se acredita que Jesus foi batizado, na Cisjordânia ocupada, e que estavam fechadas há meio século, abriram as portas no domingo para a imprensa após de mais de oito meses de trabalhos para a retirada de minas.


A operação, que começou em março e ainda deve prosseguir por alguns meses, pretende limpar completamente a área de minas e artefatos explosivos, vestígios da guerra dos Seis Dias de 1967, ou colocados por Israel pouco depois.


A área das igrejas, Qasr al Yahud, estava abandonada há quase 50 anos, exceto por uma zona restrita perto de onde teria acontecido o batismo, na margem do rio Jordão.


Os trabalhos para a retirada de minas, ao norte do Mar Morto, são supervisionados pelo ministério da Defesa de Israel, a associação de limpeza de escombros de guerra Halo Trust e a empresa israelense 4CI.

Artefatos explosivos encontrados na região próxima ao Rio Jordão(foto: MENAHEM KAHANA / AFP)
Artefatos explosivos encontrados na região próxima ao Rio Jordão (foto: MENAHEM KAHANA / AFP)


As operações devem prosseguir por entre oito meses e um ano, segundo o ministro israelense da Defesa, Moshe Hilman.


De acordo com o ministério, o projeto cobre um quilômetro quadrado, um perímetro no qual estariam quase 3.000 minas e outros explosivos.


"A Halo Trust superou uma etapa chave em seu objetivo de limpar o local de batismo das minas e outros explosivos", declarou o presidente da associação, James Cowan.


"Graças à entrega de nossa equipe de limpeza de minas, à generosidade do governo israelense e dos cristãos, judeus e muçulmanos de todo o mundo, conseguimos retirar as minas das igrejas etíope, grega e franciscana", completou.


No monastério etíope, que se encontra em ruínas, ainda é possível observar um afresco que representa Jesus sendo batizado por João Batista.

Igreja franciscana em Qasr al-Yahud, que ficou fechada por cerca de 50 anos(foto: MENAHEM KAHANA / AFP)
Igreja franciscana em Qasr al-Yahud, que ficou fechada por cerca de 50 anos (foto: MENAHEM KAHANA / AFP)

Os trabalhos de limpeza ainda devem atingir as igrejas ortodoxas russa, síria, romena e copta. Após o fim da operação, as visitas de peregrinos serão permitidas.


Muitas minas foram colocadas na área pelas forças israelenses depois que o Estado hebreu conquistou o controle da Cisjordânia das tropas jordanianas, em 1967.


A comunidade internacional nunca reconheceu o controle israelense da Cisjordânia e considera esta região um território palestino ocupado.

Interior da igreja etíope, reaberta nesse fim de semana na Cisjordânia(foto: MENAHEM KAHANA / AFP)
Interior da igreja etíope, reaberta nesse fim de semana na Cisjordânia (foto: MENAHEM KAHANA / AFP)
 


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