O ex-policial russo Mikhail Popkov, de 54 anos, conhecido como o "maníaco de Angarsk", foi considerado culpado, nesta segunda-feira (10), por 56 homicídios - anunciou o Ministério Público.
Popkov foi condenado pela segunda vez a uma pena de prisão perpétua. Também foi considerado culpado de ter violentado dez de suas vítimas.
O Tribunal regional de Irkutsk, na Sibéria, considerou Popkov culpado do assassinato de 56 pessoas entre 1992 e 2007, anunciou o MP em um comunicado.
Ele já havia sido condenado à prisão perpétua, em 2015, pelo estupro e homicídio de 22 mulheres. Tempos depois, Popkov confessou outros 59 assassinatos. A polícia não conseguiu comprovar três dessas mortes.
Com 78 mortes nas costas, sendo 77 mulheres e apenas um homem, um outro policial, Popkov se torna o maior assassino em série da Rússia.
O ex-policial apareceu no tribunal com uniforme de presidiário e de cabeça baixa, segundo as imagens da televisão russa. Agora, será enviado para uma prisão reservada aos presos condenados à prisão perpétua, perto da fronteira com o Cazaquistão.
Popkov convidava suas vítimas para passear à noite, às vezes em uma viatura da polícia, fora do horário de serviço, perto da cidade de Angarsk. Foi nessa cidade que ele cometeu a boa parte dos crimes.
Ele matava suas vítimas, com idades entre 16 e 40 anos, prostitutas em sua maioria, a golpes de machado, ou de martelo, como relatou em dezembro de 2017 ao site russo de notícias Meduza.
O criminoso se descrevia como um "limpador" das prostitutas da cidade. Costumava abandonar os corpos no bosque, em cemitérios, ou em valas.
O ex-policial tem "uma necessidade patológica de matar" gente, afirma o texto do Ministério Público.
Mikhail Popkov participou de algumas das investigações de seus próprios crimes para evitar suspeitas, disseram seus colegas.
Os investigadores já suspeitavam que o assassino poderia ser um policial pela maneira como acobertava suas impressões digitais após cada homicídio.
O ex-policial foi detido em 2012, em Vladivostok (extremo-oriente russo), ao fim de uma longa investigação que incluiu a análise de DNA dos moradores, cujos carros correspondiam aos rastros de pneus na cena do crime.
Em 1994, ainda na época soviética, o assassino em série Andrei Chikatilo foi executado por matar 53 crianças e adolescentes. Em 2007, Alexander Pichushkin foi condenado à prisão perpétua pela morte de 48 pessoas em Moscou.
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