Os Estados Unidos querem que a Bósnia continue em seu caminho para a Otan, disse nesta segunda-feira (17) o número dois da diplomacia americana, que viajou para Sarajevo, onde a questão gera divisões.
O secretário de Estado adjunto dos EUA, John Sullivan, disse que Washington está "determinado a proteger" a "soberania e integridade territorial" da Bósnia.
Sobre esta questão, ele advertiu contra "pedidos de secessão ou para o estabelecimento de uma terceira entidade" neste país onde a Republika Srpska, a entidade dos sérvios, e a entidade croata-bósnia coabitam desde o fim da guerra.
"Os Estados Unidos apoiam com entusiasmo a decisão do governo bósnio de continuar (o caminho desse país em direção a) sua adesão à OTAN", disse o diplomata norte-americano.
No início de dezembro, a Bósnia foi chamada pela Aliança do Atlântico Norte para apresentar seu "plano de ação", a última etapa antes de poder ser oficialmente convidada para a adesão. Neste país, é necessário um consenso para avançar nessa direção.
No entanto, dentro da presidência tripartite da Bósnia, onde em outubro membros sérvios, bósnios e croatas foram eleitos, a entrada do país na Otan não tem unanimidade.
Prevista pelos acordos de paz de Dayton que puseram fim ao conflito de 1992-1995, que deixou 100.000 mortos, esta presidência de três membros deve representar as três principais comunidades do país: os muçulmanos bósnios (cerca de metade dos 3,5 milhões habitantes), os sérvios ortodoxos (um terço) e os católicos croatas (15%).
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