Para a criança filipina que teve um benfeitor americano, que também foi fonte de amáveis cartas e presentes, ele se chamava apenas "G. Walker."
Para a organização beneficente cristã que o ajudou a manter seu benevolente segredo foi George Herbert Walker Bush, o 41º presidente dos Estados Unidos.
A Compassion International, que ajuda crianças pobres de todo o mundo por meio de uma rede de igrejas locais, revelou pela primeira vez esta semana que o ex-presidente, que morreu no mês passado, patrocinou silenciosamente durante 10 anos uma criança filipina chamada Timothy.
A organização revelou várias das comoventes cartas que Bush enviou ao menino.
"Quero ser o seu novo amigo por correspondência", escreveu Bush em sua carta inicial, enviada em 24 de janeiro de 2002.
"Sou um homem velho, de 77 anos, mas amo as crianças; e embora não tenhamos nos conhecido, já gosto de você", disse o ex-presidente, se identificando como um morador do Texas.
O ex-secretário de imprensa de Bush Jim McGrath confirmou à AFP a autenticidade das cartas.
"Este é apenas um dos inumeráveis atos de bondade que George Bush realizou ao longo dos anos sem estardalhaço. Era o que havia em seu coração", assinalou McGrath.
Bush começou a patrocinar Timothy com uma doação mensal em 2002 até a sua graduação do programa de caridade, em 2012. Durante todo esse tempo, a verdadeira identidade de Bush se manteve em segredo por preocupações com a sua segurança.
Às vezes, as cartas de Bush continham pistas sobre a sua verdadeira identidade, como uma em que escreveu: "Tive que ir à Casa Branca no Natal. Aqui há um pequeno folheto que recebi na Casa Branca em Washington".
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