O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira (19) estar confiante de que a Polícia encontrará o paradeiro do ex-militante italiano Cesare Battisti, foragido desde quinta-feira, quando a Justiça ordenou a sua captura para extraditá-lo para o seu país.
"Ele [Battisti] vai terminar sendo encontrado, não tenha a menor sombra de dúvida", disse Jungmann em Brasília, citado pela Agência Brasil.
A Polícia considera a hipótese de que Battisti, de 64 anos, tenha deixado o território nacional e também de que esteja escondido no Brasil. "As duas possibilidades estão abertas. Agora a Polícia Federal está atuando exaustivamente, e já foi colocado um alerta da Interpol para todo mundo", declarou o ministro.
Na sexta-feira, o presidente Michel Temer assinou a ordem de extradição solicitada há anos pela Itália, onde Battisti foi condenado à revelia à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos 1970.
Um avião militar italiano está pronto no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, para levar Battisti a Roma assim que ele for detido.
Os policiais continuam sem conseguir localizar este ex-militante de extrema esquerda residente no Brasil desde 2004.
Um delegado da Polícia Federal citado pelo portal G1 disse no domingo que Battisti havia sido visto pela última vez há 15 dias em Cananeia, pequena cidade do estado de São Paulo onde vivia há anos.
Na sexta-feira, seu advogado Igor Sant'Anna Tamasauskas anunciou a apresentação de um recurso contra a ordem de prisão e declarou à AFP que desconhecia o paradeiro de seu cliente.
Battisti, que nega as acusações, foi membro do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) durante os "anos de chumbo" na Itália, marcados principalmente pelos atentados e sequestros das Brigadas Vermelhas.