O papa Francisco criticou fortemente na noite desta segunda-feira (24) a "voracidade consumista" da humanidade, e pediu reflexão sobre o sentido espiritual de suas vidas e o fato de compartilhar com os mais pobres, em sua homilia na noite de Natal.
"Diante da manjedoura, compreendemos que não são os bens que alimentam a vida, mas o amor; não a voracidade, mas a caridade; não a abundância ostentada, mas a simplicidade que devemos preservar", disse o sumo pontífice.
"O homem tornou-se ávido e voraz. Para muitos, o sentido da vida parece ser possuir, estar cheio de coisas", acrescentou Francisco, líder de 1,3 bilhão de católicos do mundo, diante de dezenas de milhares de fiéis reunidos, como ocorre todos os anos, na basílica de São Pedro, em Roma.
"Uma ganância insaciável atravessa a história humana, chegando ao paradoxo de hoje, em que alguns se banqueteiam lautamente, enquanto muitos não têm pão para viver", destacou.
Francisco disse que "é preciso superar os cumes do egoísmo" e "evitar escorregar nos precipícios da mundanidade e do consumismo".
"Diante da manjedoura, compreendemos que não são os bens que alimentam a vida, mas o amor; não a voracidade, mas a caridade; não a abundância ostentada, mas a simplicidade que devemos preservar", disse.
"Será verdade que preciso de tantas coisas, de receitas complicadas para viver? Quais são os contornos supérfluos de que consigo prescindir para abraçar uma vida mais simples?", perguntou o papa.
Nenhum texto do Novo testamento detalha o dia e a hora de nascimento de Jesus de Nazaré.
Sua celebração em 25 de dezembro na tradição cristã foi escolhida no século IV no Ocidente.