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Estado de Minas

Presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, anuncia renúncia


postado em 07/01/2019 19:27

O presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, anunciou nesta segunda-feira (7) sua saída da instituição no fim deste mês - mais de três anos antes do final de seu mandato atual.

A decisão antecipa o fim do mandato de seis anos e pode dar ao presidente americano, Donald Trump, influência sobre o futuro líder da instituição global.

"Foi uma grande honra servir como presidente dessa instituição marcante, cheia de indivíduos apaixonados, dedicados à missão de dar fim à pobreza extrema durante nossas vidas", afirmou Kim em nota.

O americano virou presidente do credor global em 2012. Ele deve passar a integrar uma empresa com foco em investimentos em países em desenvolvimento, afirmou o BM em nota, e voltará ao conselho da Partners-in-Health - ONG da qual é cofundador.

A CEO do BM, Kristalina Georgieva, vai assumir a presidência interina após a partida de Kim, em 1 de fevereiro, informou o banco em nota.

Sob liderança de Kim, o banco estabeleceu a meta de eliminar a pobreza extrema até 2030 e acelerou os financiamentos.

No ano passado, recebeu aprovação para uma ampliação de capital de 13 bilhões de dólares, depois de aceitar os pedidos do governo de Trump de restringir os empréstimos para países de alta renda, como a China.

Sua gestão também foi marcada por níveis elevados de insatisfação entre os funcionários do BM, que se irritaram com uma reestruturação interna generalizada iniciada por Kim.

Em uma carta à equipe, Kim disse sentir há muito tempo que o setor privado se adequava melhor às necessidades de financiamento do mundo em desenvolvimento.

"Eu decidi, portante, que está na hora de aceitar novos desafios e concentrar totalmente meus esforços em potencializar finanças privadas em benefícios de pessoas no mundo", escreveu.

O conselho do banco agradeceu Kim por sua liderança e disse que começaria "imediatamente" o processo de busca do próximo presidente.

Nomear um substituto para Kim pode marcar uma ruptura com a tradição, já que o governo de Trump repetidamente rompeu com instituições multilaterais e convenções das quais o próprio Trump tem sido altamente crítico.

Em uma regra não escrita, a presidência do banco sempre foi escolhida por seu maior acionista, os Estados Unidos, um acordo que também permitia que as potências europeias nomeassem o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI).


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