O presidente Nicolás Maduro advertiu nesta quarta-feira ao Grupo de Lima que tomará medidas enérgicas se, em 48 horas, não for retificada sua posição contra a Venezuela, na véspera em que assumirá um novo mandato de seis anos, não reconhecido pelo bloco.
"Hoje foi entregue a todos os governos do cartel de Lima uma nota de protesto, onde exigimos uma retificação de suas posições sobre a Venezuela em 48 horas ou o governo da Venezuela tomará as mais urgentes medidas diplomáticas", sentenciou Maduro em coletiva de imprensa.
O presidente considerou "inaceitável" a declaração emitida na sexta-feira pelo Grupo de Lima, com o apoio dos Estados Unidos, texto que pede para que ele não assuma a presidência e transfera o poder para maioria parlamentar da oposição, enquanto que "as eleições democráticas são realizadas".
Maduro rejeitou em particular o ponto em que o bloco, que ele acusa de seguir ordens de Washington, tomou partido da Guiana em uma disputa territorial com a Venezuela.
No comunicado, assinado por 13 dos seus 14 membros - México foi o único a se abster-, o Grupo Lima incluiu um ponto que rejeita "qualquer provocação ou destacamento militar que ameace a paz e a região" e pediu Maduro que desista de "ações que violam os direitos soberanos de seus vizinhos".