As casas de moda Ermenegildo Zegna e Philipp Plein inauguram nesta sexta-feira a Semana de Moda Masculina em Milão, com uma edição voltada para novos talentos.
Depois do fim da Semana de Moda em Londres, a cidade italiana se prepara para ser a anfitriã de 27 desfiles com as tendências para o outono e o inverno de 2019-2020, às quais se acrescentarão desfiles de Dolce&Gabbana; e Philipp Plein fora do calendário oficial.
A reunião da moda, que geralmente é masculina, esta vez será mista.
O fim de semana prolongado em Milão, que começa às 20H30 (17H30 em Brasília), terminará na segunda-feira com uma noite Gucci, com uma performance da artista Silvia Calderoni.
Devido aos desfiles mistos e ao fato de que algumas casas favorecem outros eventos, assim como ao custo, esta semana de moda será um pouco menor que no ano passado, em número de desfiles e apresentações.
Ao contrário do habitual, esta vez Moschino, que desfilou em Roma na terça-feira, Palm Angels, que irá à Semana da Moda Feminina em Nova York, e Giorgio Armani, que desfilará em Milão para a Semana de Moda Feminina, não estarão presentes nos desfiles deste fim de semana.
De todas as formas, o programa foi anunciado como denso e muito festivo.
- "Uma semana única" -
"A Semana de Moda é um momento carregado com muita energia. Este ano apostamos nos jovens e chega o futuro com uma grande festa na sexta-feira à noite", onde serão destacados 12 estilistas emergentes, declarou o presidente da Câmara de Moda italiana, Carlo Capasa, em entrevista à AFP.
"Isto continuará durante todo o fim de semana, com novas marcas que desfilarão pela primeira vez em Milão, como United Standard, uma marca italiana criada em 2015 por Giorgio di Salvo, Magliano de Luca Magliano ou a casa de moda japonesa Bed J.W. Ford", detalhou.
Junto com os jovens, grandes nomes da moda italiana continuam fazendo parte dos desfiles, como Dolce&Gabbana; e Versace (sábado), Prada (domingo), Fendi e Armani com sua linha Emporio (segunda-feira).
Entre as marcas estrangeiras está a Dsquared2, os gêmeos canadenses Dean et Dann Catten, e o estilista britânico John Richmond, que fez um regresso a Milão.
O evento acontecerá, como de costume, por toda a cidade, em casas de moda e também em lugares especiais.
Zegna desfilará na estação central, enquanto a M1992 optou pelo Hotel Principe di Savoia, onde serão realizados os primeiros desfiles de moda de Milão.
A moda é a segunda indústria mais forte do país, e a primeira em termos de exportação.
- "Prozac" -
Esta indústria (têxteis, peças de roupa, calçados, couro), que passou por uma crise econômica, se recuperou em 2018 com um aumento no volume de negócios de 2,8%, segundo a organização de empregadores Confindustria Moda.
Devido ao contexto internacional, do Brexit até as tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos, "há certa preocupação" para 2019, acrescentou Capasa.
"A moda é sensível a tudo que está acontecendo", mas "devemos nos manter positivos, somos como o Prozac durante os momentos difíceis porque a moda serve para dar momentos de prazer", acrescentou.