A Nobel da Paz Nadia Murad, ex-escrava dos jihadistas no Iraque e membro da minoria yazidi, comparecerá, na terça-feira, ao discurso sobre o estado da União de Donald Trump, junto com as muitas personalidades e anônimos convidados pelos congressistas americanos.
A tradição permite aos 535 membros do Congresso escolherem um convidado para acompanhá-los durante esse discurso anual, no qual o presidente expõe seu programa e sua visão em relação ao futuro.
Os membros do Senado (100) e da Câmara de Representantes (435) aproveitam essa possibilidade para chamar a atenção sobre causas que consideram importantes.
Para o congressista republicano Jeff Fortenberry, que se mostrou "lisonjeado" por ter podido convidar Murad, o mundo "precisa ouvir" a história da jovem yazidi.
Sequestrada pelo grupo Estado Islâmico (EI) em 2014, Murad viveu uma situação similar à de milhares de mulheres de sua comunidade: sofreu torturas, estupros coletivos, foi vendida e revendida nos mercados de escravas dos jihadistas.
Após escapar do inferno, recebeu o prêmio Nobel da Paz, em 2018.
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