Um médico iemenita lançou nesta quarta-feira (6) um chamado para transferirem ao exterior dois bebês siameses nascidos perto da capital, Sanaa, para que possam ser separados, posto que suas equipes não podem realizar esta intervenção.
"Espero que sejam transferidos ao exterior o mais rápido possível", declarou à AFP Fayçal Al-Babili, chefe do serviço de Pediatria do hospital Al-Thawra, em Sanaa, que manifestou o seu desejo de que o aeroporto da capital reabra.
Mas o aeroporto de Sanaa permanece fechado para voos comerciais há quase três anos, devido ao bloqueio aéreo imposto pela coalizão liderada pela Arábia Saudita, que apoia o governo iemenita contra os rebeldes huthis xiitas.
Segundo Babili, o sistema de saúde do país entrou em colapso desde o início da guerra. E, sem os equipamentos necessários, o hospital não pode realizar uma operação para separar os recém-nascidos.
O médico também detalhou que os dois irmãos siameses tinham duas cabeças, dois corpos, mas apenas uma genitália e duas pernas.
O conflito no Iêmen causou cerca de 10.000 mortes, a maioria de civis, e mais de 60.000 feridos, desde março de 2015, segundo um balanço parcial da Organização Mundial da Saúde (OMS).
As ONGs, no entanto, estimam que o número de mortes seja muito maior.