A Airbus anunciou nesta quinta-feira o fim da produção do A380, um símbolo da empresa e que terá as entregas concluídas em 2021, depois que a companhia Emirates reduziu um pedido de 39 exemplares do A380.
"A consequência desta decisão é que nosso livro de pedidos não é mais suficiente para permitir que prossigamos com a produção do A380", declarou o presidente do grupo, Tom Enders, em um comunicado.
"Isto encerrará as entregas do A380 em 2021", completou.
A Emirates substituiu o pedido por outro de 40 exemplares do A330neo e 30 A350.
A Airbus não comunica o valor do pedido após a entrada em vigor da nova regra contábil IFRES15. Além disso, este não é um pedido firme e sim uma compensação. A empresa também não revela as versões da aeronave.
A empresa aeronáutica informou que "conversará com os sócios nas próximas semana sobre os 3.000 a 3.500 postos de trabalho que podem ser afetados por esta decisão nos próximos três anos".
Mas a Airbus indicou que "o atual aumento do ritmo (de produção) do A320 e o novo pedido de jumbos da Emirates oferecerão muitas possibilidades de mobilidade interna".
A decisão era esperada, pois o futuro do A380 estava ligado à decisão, ano passado, da companhia aérea do Golfo de adquirir 36 exemplares adicionais do A380, o que dava a Airbus "uma visibilidade, pelo menos, para os próximos 10 anos", afirmou na ocasião Tom Enders.
Também nesta quinta-feira, a Airbus anunciou um lucro líquido em 2018 de 3,054 bilhões de euros, uma alta de 29%, e um faturamento de EUR 63,707 bilhões.
A Airbus prevê a entrega em 2019 de 880 a 890 aviões comerciais, segundo um comunicado.
A empresa aeronáutica europeia anunciou ainda uma reserva de 436 milhões de euros relacionada ao programa do avião de transporte militar A400M.