O Brasil manterá o planejamento de ajuda humanitária à Venezuela, mesmo após o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciar o fechamento da fronteira. A estimativa é fazer chegar à região fronteiriça alimentos e remédios no sábado (23). O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afastou ainda a possibilidade de confronto na fronteira com os militares venezuelanos comandados por Maduro.
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Planejamento
“O planejamento da parte do governo brasileiro permanece o mesmo, estando em condições, a partir do dia 23, sábado, para prover os irmãos venezuelanos dentro do território venezuelano se houver a disponibilidade de meios e motoristas por parte dos venezuelanos liderados pelo Guaidó”, disse Rêgo Barros.
Segundo o porta-voz, a disposição do Brasil aguarda a chegada dos caminhões vindos da Venezuela, conduzidos por Venezuelanos, mesmo que isso demore mais que o previsto. O carregamento brasileiro inclui 22 toneladas de leite em pó e 500 kits de primeiros socorros.
Rêgo Barros disse que não há risco dos alimentos e remédios estragarem em depósitos de Boa Vista, em Roraima, à espera da abertura da fronteira. “O tempo dos medicamentos e alimentos que estamos levando tem um prazo de validade bastante alongado. Dois, três meses não nos preocupa.”
Pressão
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, reiterou que o governo brasileiro não tem planos de intervenção na Venezuela. “O governo brasileiro sempre deixou claro que a nossa ação sempre será no sentido da não intervenção interna. Apenas manteremos a pressão interna e as palavras junto com os demais países que estão cooperando no esforço para que a Venezuela retome um caminho de democracia”, disse.
Acompanhado pelo chanceler Ernesto Araújo, o vice-presidente irá para a Colômbia na próxima segunda-feira (25), para discutir a situação com o Grupo de Lima, formado pelo Brasil e mais 13 países da América Latina.
“O Grupo de Lima mantém a pressão política. A política, por meio de ação diplomática, para levar o atual governante da Venezuela, o Maduro, a compreender que é necessária uma saída para o país”, afirmou.
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