Os Estados Unidos reafirmaram na quarta-feira que suas sanções contra a Rússia permanecerão em vigor até que Moscou "devolva o controle da Crimeia à Ucrânia", quase cinco anos depois da anexação da península.
"Cinco anos atrás, a ocupação russa da península ucraniana da Crimeia estimulou uma escalada da agressão russa", disse o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, em um comunicado.
"O mundo não esqueceu as mentiras cínicas que a Rússia usou para justificar sua agressão e esconder sua tentativa de anexar território ucraniano", acrescentou.
Em 27 de fevereiro de 2014, o Parlamento da Crimeia, que havia sido ocupado por um comando militar russo depois de combates entre pró-russos e pró-ucranianos, elegeu um novo governo local e aprovou um referendo sobre o futuro da península.
No referendo celebrado em 16 de março, denunciado como ilegítimo pelos Estados Unidos, se decidiu a favor da anexação da Crimeia pela Rússia.
"Os Estados Unidos mantêm sua posição inabalável: a Crimeia é a Ucrânia e deve ser controlada novamente pela Ucrânia", disse Pompeo, que denunciou o "agravamento da repressão do regime de ocupação russo na Crimeia".
O chefe da diplomacia norte-americana pediu à Rússia que "liberte todos os ucranianos" detidos "em retaliação por sua oposição pacífica", que estima mais de 70 pessoas, e "acabar imediatamente com todos os abusos".
"Os Estados Unidos manterão as respectivas sanções contra a Rússia até que o governo russo devolva o controle da Crimeia à Ucrânia e implemente integralmente os acordos de Minsk", disse ele, referindo-se aos acordos de paz assinados em 2015.