O Partido Popular Europeu (PPE), a tradicional formação da direita na Europa, iniciou nesta segunda-feira (4) o procedimento de exclusão do primeiro-ministro húngaro, o populista Viktor Orban, a pedido de 12 partidos após uma série de polêmicas.
"Doze partidos membros do PPE de nove países pediram a exclusão ou a suspensão do Fidesz", anunciou à AFP o presidente do PPE, o francês Joseph Daul, em referência ao partido do líder húngaro.
A menos de três meses das eleições europeias, os reiterados ataques de Orban, de 55 anos, à Comissão Europeia obstaculizam a campanha da formação de direita, cuja figura principal, Manfred Weber, se viu obrigado a se pronunciar reiteradamente.
Mas a gota d'água foi uma campanha na Hungria contra o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, também do PPE, a quem acusam de apoiar a migração ilegal. Budapeste anunciou no sábado que acabará com a polêmica campanha.
Os partidos belgas CD&V e cdH, o finlandês Kokoomus, o grego Nea Demokratia, o lituano TS/LKD, o luxemburguês CSV, o holandês CDA, os portugueses CDS-PP e PSD, e os suecos Kristdemokraterna e Moderaterna, assim como o norueguês Hoyre, pediram a medida de exclusão.
O PPE estava obrigado a lançar o processo a pedido de ao menos sete partidos, membros de cinco países diferentes. Agora, a Assembleia Política de 20 de março debaterá a exclusão, anunciou o presidente da principal família política europeia.
"Também devemos dar ao Fidesz a oportunidade de se expressar. Mais uma vez, não posso pré-julgar o curso dos debates de 20 de março", acrescentou Daul à AFP.
A Assembleia Política do PPE acontecerá na véspera de uma cúpula de dois dias de presidentes da UE, que já se anuncia intensa pela saída do Reino Unido do bloco, prevista para o dia 29 deste mês.
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