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Estado de Minas

Detento radicalizado fere dois guardas em prisão francesa


postado em 05/03/2019 12:13

Um detento "radicalizado" feriu gravemente dois guardas penitenciários nesta terça-feira no oeste da França, um ataque que está sendo investigado pela Procuradoria antiterrorista francesa.

O criminoso, Michaël Chiolo, de 27 anos, descrito como um islamita "radicalizado", atacou os guardas com o grito de "Allahu Akbar" (Deus é grande), relatou à AFP o representante sindical Alassanne Sall.

Em seguida, ele se trancou em sua cela com sua esposa que o visitava no momento do ataque, informaram funcionários da prisão de segurança máxima de Conde-sur-Sarthe, na Normandia (noroeste).

Reforços policiais foram enviados para o centro penitenciário. O procurador da República de Paris, Rémy Heitz, também se dirigiu ao local.

Por volta das 8h45 GMT (5H45), o detento atacou os guardas com uma faca de cerâmica. Um dos guardas sofreu uma grave lesão no peito, enquanto o outro sofreu cortes no rosto e nas costas, disse Sall, do sindicato Força Operária (FO).

"Foi realmente uma tentativa de assassinato. Havia sangue por toda parte. A unidade de visita familiar se tornou cena de batalha", acrescentou Sall.

A investigação está sob responsabilidade da seção antiterrorista da Procuradoria de Paris.

O ataque ocorreu na unidade familiar onde o prisioneiro, que cumpre uma sentença de 30 anos por sequestro seguido de morte, assalto a mão armada e apologia ao terrorismo, recebia a visita de sua esposa.

"Não há dúvidas quanto ao caráter terrorista deste ataque", declarou a ministra da Justiça, Nicole Belloubet, indicando que o prisioneiro continua entrincheirado com sua esposa na cela.

Belloubet afirmou, ainda, que ordenou uma "inspeção" nesta prisão, que, segundo ela, é uma das mais seguras da França.

O preso teria se radicalizado na prisão, segundo uma fonte policial. Mas não estava no pavilhão para pessoas radicalizadas, aberto em setembro nesta prisão, segundo a FO.

Juntamente com um cúmplice, ele foi condenado em dezembro de 2015 pela morte por asfixia de um senhor de 89 anos, que havia sido sequestrado em sua casa perto da cidade de Metz (nordeste), em 2012.

Os dois homens tinham ido à casa desse homem para roubá-lo. O senhor foi amarrado e amordaçado em sua cama. Seu rosto foi envolto com faixas médicas, enquanto os ladrões revistavam seu apartamento.

O corpo da vítima, que morreu de asfixia, foi encontrado no dia seguinte em sua cama.

Em novembro de 2015, quando aguardava a sentença de seu julgamento em apelação, foi condenado a um ano de prisão por apologia a um ato terrorista. Ele havia pedido a seus companheiros de prisão que representassem a cena do ataque à casa de shows Bataclan no pátio da prisão.


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