O presidente americano Donald Trump disse nesta sexta-feira que só vai assinar um pacto com a China para resolver sua longa guerra comercial caso alcance um "ótimo acordo".
As superpotências econômicas estão estagnadas em uma batalha comercial há meses, com tarifas sobre mais de US$ 360 bilhões em produtos, que estão começando a enfraquecer o crescimento econômico e a confiança dos empresários.
"Estou confiante, mas (...) se não for um ótimo acordo, não vou concordar", disse Trump à imprensa na Casa Branca.
Mas "vamos ficar muito bem de qualquer forma, com ou sem acordo", acrescentou.
Negociadores chineses e americanos afirmaram estar avançando na busca por uma solução, mas um diplomata dos Estados Unidos em Pequim disse mais cedo que um acordo não é iminente.
O consultor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, reconheceu que o encontro planejado por Trump em seu resort na Flórida com o presidente chinês Xi Jinping, que segundo autoridades deve ocorrer no fim do mês para fechar um acordo, pode ser adiado para abril.
Kudlow disse à CNBC que as negociações "avançaram enormemente", ecoando comentários de um diplomata chinês em Pequim na sexta-feira.
Mas "você os viu se afastando da Coreia do Norte e dizendo que (...) isso poderia se aplicar ao comércio", disse ele, referindo-se à recente reunião de Trump em Hanói com o líder norte-coreano Kim Jong Un, que terminou mais cedo e sem acordo.
"Eu não quero estabelecer um cronograma sobre isso", disse Kudlow. O representante comercial americano, Robert Lighthizer, "está fazendo o melhor que pode".
"Pode haver uma reunião na Flórida, em Mar-a-Lago, entre os dois líderes, talvez no fim deste mês ou no início do próximo mês".
Ele creditou a estratégia de negociação dura de Trump e "tarifas agressivas" por trazer Pequim para a mesa de negociações.
"Nós colocamos eles sobre um barril", declarou.