A mãe de uma menina sueca morta em um ataque jihadista em 2017 condenou nesta sexta-feira condenou o ataque às mesquitas na Nova Zelândia por um atirador que afirmou, em seu manifesto racista, que ele queria vingar a morte de sua filha.
O ataque a duas mesquitas nesta sexta-feira na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, "vai contra tudo o que Ebba defendia", declarou Jeannette Åkerlund, à TV pública SVT.
"Ela espalhava atenção e amor a seu redor, não o ódio. Estou sofrendo com as famílias afetadas e condeno todas as formas de violência", acrescentou.
Ebba Åkerlund, 11 anos, morreu no dia 7 de abril de 2017, quando foi atropelada por um caminhão em uma rua comercial de Estocolmo, por Rakhmat Akilov, um imigrante do Uzbequistão.
O atirador australiano preso após o ataque a mesquitas na Nova Zelândia publicou um manifesto racista no Twitter no qual ele escreveu que queria "vingar Ebba Åkerlund".
Ele também escreveu o nome da menina em uma das armas usadas no massacre que matou pelo menos 49 pessoas.
A morte de Ebba abalou a Suécia.
A menina foi morta ao sair da escola e a caminho de encontrar a mãe no centro de Estocolmo. Tinha acabado de enviar uma mensagem pedindo que a mãe comprasse um sorvete para ela.
Seu túmulo, em um cemitério na capital sueca, é regularmente profanado por um homem de nacionalidade estrangeira que aguarda julgamento.
O autor do atentado de Estocolmo foi condenado à prisão perpétua em junho de 2018.
Antes do ataque, que matou cinco pessoas no total, ele prometeu fidelidade ao grupo Estado Islâmico (EI).