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Estado de Minas

Político antivacina é internado com catapora

Massimiliano Fedriga é conhecido por se opor à obrigatoriedade da imunização e foi ironizado por imunologistas


postado em 19/03/2019 19:35

(foto: Reprodução/Facebook)
(foto: Reprodução/Facebook)
O político italiano Massimiliano Fedriga foi internado em um hospital da região de Friuli-Venezia Giulia (de onde é presidente) para se tratar de uma catapora. O fato não seria notícia se Fedriga não fosse um famoso ativista contra a vacinação de crianças e adultos. 

O próprio Fedriga tuitou sobre a internação, avisando que já se encontrava em casa, convalescente, mas bem. Quem tratou de dar ao fato dimensão internacional foi o imunologista Roberto Burioni, que usou suas contas no Facebook e no Twitter para contar sobre a internação de Fedriga e convidar as pessoas a se vacinarem contra doenças infecciosas. "Caro presidente, antes de tudo, permita-me desejar-lhe uma rápida recuperação. Estou feliz que você tenha vacinado seus filhos; infelizmente, a catapora não é muito contagiosa (e perigosa), mas ... " 


A vacina contra a catapora foi descoberta em 1984. Tanto no Twitter quanto no Facebook, vários especialistas compartilharam os posts de Massimiliano Fedriga e de Roberto Burioni, junto com matérias sobre a importância da vacinação infantil. Defensores das vacinas fizeram piada com a internação, alterando digitalmente imagens do político, como abaixo.
(foto: Reprodução/Internet)
(foto: Reprodução/Internet)

 

Quando a vacinação obrigatória foi debatida no congresso italiano, Fedriga se colocou contra a medida por sucessivas vezes. Apesar disso, ele próprio admitiu ter vacinado seus filhos.

Estados Unidos

O "epicentro" do movimento antivacinas está nos Estados Unidos, país onde proliferam as associações e sites que militam contra a prática. Deste conjunto de associações surgiu, há anos, a notícia falsa que associava a vacinação ao autismo. A virulência dessas associações, muitas deles associadas aos movimentos da direita religiosa e pró Trump, levantou a ira dos virologistas e médicos.

Recentemente, a classe médica organizada solicitou ao Google e ao Facebook que exerçam controle sobre esse tipo de conteúdo na rede. No entanto, a Amazon permite, através de seu site, fazer doações para associações em defesa da causa antivacina. 


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