Os 12 adversários do atual presidente de Comores, Azali Assoumani, no primeiro turno das eleições presidenciais deste país africano, realizadas neste domingo, denunciaram um "golpe de Estado" e convocaram o povo a "resistir" e a se "mobilizar" contra as fraudes.
"Nós, candidatos, declaramos ilegítimo o governo atual liderado pelo coronel Azali. Nós, candidatos, impugnamos a farsa destas eleições", declarou à imprensa um dos postulantes à presidência, o coronel Soihili Mohamed, após uma reunião entre os 12 opositores em Moroni, capital deste arquipélago africano.
"Nós, candidatos (...) convocamos o povo a resistir e a se mobilizar contra a ignomínia", acrescentou.
Desde a abertura das seções eleitorais neste país cercado pelo oceano Índico, a oposição denunciou graves irregularidades nas ilhas de Anyuan, majoritariamente hostil ao presidente, e Moheli.
Um dirigente da comissão eleitoral confirmou à AFP que uma dezena de colégios eleitorais foram saqueados em Anyuan.
Segundo a declaração dos 12 candidatos opositores, estas irregularidades constituem um "golpe de Estado (...) que tem o objetivo de calar a população (e impedir) que vá as urnas".
Durante a campanha, Azali, um ex-golpista eleito em 2016, declarou que será reeleito no primeiro turno.
A oposição o acusou de querer cometer um "crime eleitoral".
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