O ex-presidente argentino Carlos Menem e seu então ministro Domingo Cavallo foram condenados nesta quarta-feira a mais de três anos de prisão por peculato.
Um tribunal de Buenos Aires sentenciou Menem a três anos e nove meses de prisão, e a inabilitação para exercer públicos, mas enviou a sentença ao Senado, que analisará se suspende a imunidade parlamentar do ex-presidente.
Cavallo foi condenado a três anos e seis meses, e também proibido de exercer cargos públicos, por coautoria no crime de peculato.
Os dois poderão apelar.
O caso envolve a venda à Sociedade Rural, em 1991, de amplos terrenos do Estado situados em uma das regiões mais caras de Buenos Aires, a um preço muito inferior a seu valor real.
A venda foi autorizada por um decreto firmado por Menem e Cavallo, pelo valor total de 30 milhões de dólares, quando os terrenos estavam avaliados em 131,8 milhões de dólares.
Menem, 88 anos, já foi condenado a sete anos de prisão pela venda ilegal de armas à Croácia e ao Equador entre 1991 e 1995, mas a pena prescreveu.
O ex-presidente também foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão por pagamentos irregulares a funcionários do seu governo, mas o recurso está em análise.
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