A América Latina precisa de mais ajuda para enfrentar a crise dos refugiados venezuelanos, declarou Volker Türk, Alto Comissário Adjunto para a Proteção da ACNUR, destacando que dos 700 milhões de dólares que a agência da ONU solicitou em dezembro, recebeu apenas 10%.
"Os fundos não estão em um nível ideal. Acho que devemos fazer mais para ajudar os países afetados, especialmente Colômbia, Peru e Equador, mas também Argentina e Brasil e as nações do Caribe", disse Türk em declarações à AFP em Buenos Aires.
A crise na Venezuela, a pior de sua história contemporânea com hiperinflação, escassez de produtos básicos, bem como graves falhas na assistência médica e nos serviços públicos, empurrou 2,7 milhões de pessoas para fora do país desde 2015, principalmente para países da América do Sul, segundo a ONU.
A Colômbia abriga o maior número de migrantes e refugiados, com 1,1 milhão, seguida pelo Peru, com 506 mil, o Chile, com 288 mil, o Equador, com 221 mil, a Argentina, com 130 mil, e o Brasil, com 96 mil.
No total, 3,4 milhões de venezuelanos, cerca de 10% da população, vivem fora do país. A projeção da ONU é que, no final de 2019, seja de 5,3 milhões.
O ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) lançaram no final de 2018 um plano para abordar o fluxo de migrantes e refugiados venezuelanos na América Latina, o maior conhecido na região, para fornecer assistência direta de emergência, proteção, integração sócio-económica e cultural e capacitação nos países de acolhimento.
Para financiar tudo isso, são necessários 700 milhões de dólares e até agora apenas 10% dos fundos foram recebidos.
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