O Senado italiano aprovou nesta quinta-feira a terceira e última leitura de uma lei que amplia o conceito de autodefesa, uma importante promessa eleitoral de Matteo Salvini, líder de extrema direita.
"É um dia muito bom, finalmente o direito de autodefesa dos italianos foi confirmado", disse Salvini, vice-primeiro-ministro e ministro do Interior, após a aprovação do texto por 201 votos contra 38.
"A partir de hoje, os criminosos entenderão que é mais difícil ser ladrão na Itália: será um trabalho ainda mais perigoso", acrescentou.
A nova lei tem como objetivo limitar o julgamento de pessoas que atiram em alguém que entra em sua casa ou propriedade.
Se até agora era necessário demonstrar que o intruso representava uma ameaça física imediata, a nova lei reconhece "o estado de grave perturbação" para justificar disparos sem hesitação em intrusos.
O texto também promete gratuidade dos custos legais e da defesa de qualquer um processado por ferir ou matar alguém em casa alegando autodefesa.
A legislação ainda reforça as penas por roubo e violação de domicílio e impede a liberdade condicional até que o infrator reembolse as partes civis pelos danos sofridos.
Nos últimos anos, a Liga de Matteo Salvini fez campanha em nome de indivíduos e comerciantes processados por matar ladrões desarmados.
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