O Grupo de Contato Internacional (GCI) sobre a Venezuela condenou na quinta-feira a decisão da Controladoria Geral de tornar Juan Guaidó inabilitado para ocupar cargo público por 15 anos.
O GCI "condena a recente decisão do Controlador Geral da Venezuela de inabilitarar Juan Guaidó" e considera que tais decisões "minam ainda mais os esforços para alcançar uma solução pacífica e democrática para a crise na Venezuela", disse o grupo em comunicado após encerramento da sua reunião em Quito.
O documento do GCI acrescenta que a "decisão política (da Controladoria), que não considera o devido processo, é mais uma demonstração da natureza arbitrária dos processos judiciais" na Venezuela.
A declaração foi lida em espanhol pelo ministro do Exterior equatoriano, José Valencia, e em inglês pela chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini.
O GCI também observou que é "urgente" restaurar "a democracia, o estado de direito e a separação de poderes" na nação petroleira.
O Grupo de Contato Internacional (GCI) sobre a Venezuela se propôs a discutir, nesta quinta-feira, avanços para conseguir a entrada de ajuda humanitária e eleições presidenciais no país em uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Quito.
A reunião foi realizada em meio a tensões sobre a recente chegada na Venezuela de dois aviões russos com pessoal militar e equipamentos, e com a crise social em um nível máximo devido a um novo apagão.
Na abertura da reunião, Mogherini assegurou que o grupo continuará trabalhando "para encontrar uma solução pacífica, democrática para a crise do país através de eleições livres e confiáveis".
A chefe da diplomacia europeia expressou sua "firme rejeição ao uso da força para enfrentar a atual crise" na Venezuela e pediu "o pleno restabelecimento da ordem constitucional democrática e do Estado de direito".
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