A Torre Eiffel parisiense, a Acrópole de Atenas, o Kremlin em Moscou e a Ópera de Sydney apagaram suas luzes durante uma hora neste sábado (30), na chamada Hora do Planeta, para aumentar a conscientização sobre as mudanças climáticas e seu impacto na biodiversidade.
Para a 13ª edição da Hora do Planeta, organizada pela ONG WWF, milhões de pessoas em 180 países vão apagar suas luzes às 20h30 para refletir o impacto do gasto energético sobre as mudanças climáticas e seu papel fundamental na natureza.
"Somos a primeira geração a ter consciência que estamos destruindo o mundo. E podemos ser os últimos capazes de fazer algo a respeito", diz a chamada da WWF.
"Nós temos as soluções, só precisamos que nossas vozes sejam ouvidas".
O presidente da WWF-Austrália, Dermot O'Gorman, disse à AFP que "a Hora do Planeta continua a ser o maior movimento de base no mundo para que as pessoas adotem medidas contra as mudanças climáticas".
"Trata-se de incitar os indivíduos a realizar ações pessoais e, desta forma, se unir a centenas de milhões de pessoas em todo o mundo para demonstrar que não precisamos apenas de ações urgentes em relação às mudanças climáticas, mas também devemos proteger nosso planeta", acrescentou.
Dezenas de empresas em todo o mundo se comprometeram a aderir a essa iniciativa de desligar as luzes por uma hora.
Inúmeros monumentos e edifícios emblemáticos vão permanecer às escuras entre 20H30 e 21H30, como a Torre de Xangai, o Porto Victoria de Hong Kong, a Torre Burj Khalifa de Dubai, as pirâmides do Egito, a basílica de São Pedro de Roma, o Big Ben de Londres, o Corcovado do Rio de Janeiro e a sede da ONU em Nova York.
No ano passado, quase 7.000 cidades em 187 países apagaram as luzes de seus edifícios emblemáticos, segundo WWF.
Este ano, o apelo ocorre após a divulgação de relatórios globais com advertências urgentes sobre o estado do habitat natural e das espécies na Terra.
De acordo com o último relatório "Planeta Vivo" publicado pela WWF em 2018, entre 1970 e 2014, o número de espécimes de vertebrados - peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis -, caiu 60% em todo o mundo. Um declínio que atingiu 89% nos trópicos, na América do Sul e Central.
Enquanto esta ação, realizada em várias cidades ao redor do mundo, é um gesto simbólico, a Hora do Planeta liderou campanhas bem sucedidas na última década para proibir, por exemplo, os plásticos nas Ilhas Galápagos e plantar 17 milhões de árvores no Cazaquistão.
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