As autoridades americanas anunciaram nesta segunda-feira a abertura de investigações envolvendo Kia e Hyundai, após mais de 3.100 queixas sobre princípios de incêndios espontâneos em veículos fabricados pelas duas montadoras sul-coreanas.
Os incidentes estão vinculados à uma morte e 103 ferimentos até o momento, informou a Agência Nacional de Segurança para o Trânsito nas Estradas (NHTSA, sigla em inglês).
Segundo a agência, quase 3 milhões de veículos da Kia e da Hyundai poderão ser retirados do mercado ao final das investigações, que começaram em 29 de março.
Estão em análise cerca de 1,3 milhão de modelos Hyundai Sonata e Santa Fé fabricados entre 2011 e 2014, e quase 1,7 milhão de modelos Kia Optima e Sorento, de entre 2011 e 2014, e Kia Soul, entre 2010 e 2015.
A morte citada envolveu um automóvel da Kia, grupo que também responde pelo maior número de lesões (77) e queixas (1.784).
Os documentos publicados pela NHTSA informam que as queixas recebidas envolvem incêndios espontâneos, especialmente no compartimento do motor.
Alertado em junho de 2018 por uma associação de usuários, a NHTSA solicitou documentos aos dois fabricantes dois meses após após saber dos incêndios e de suas consequências.
"Já está na hora de que todo o poder do governo federal seja aplicado para se saber por que motivo milhares de veículos Kia e Hyundai estão envolvidos em incêndios sem colisão", disse Jason Levine, alto funcionário da associação Center for Auto Safety (CAS).
"Esperamos que esta decisão leve à retirada destes carros o mais cedo possível".
Contactados pela AFP, Kia e Hyundai ainda não responderam.
Desde 2015, cerca de 6 milhões de veículos das duas montadoras sofreram problemas semelhantes, mas apenas 2,4 milhões passaram por recall.