Fluminense e Flamengo assumirão durante seis meses a administração do Estádio do Maracanã, onde será disputada a final da Copa América, em julho, informou nesta sexta-feira o governo do Rio de Janeiro, após anular a concessão a um consórcio controlado pela Odebrecht.
"Após um processo transparente e ético, o Maracanã está sendo devolvido ao futebol carioca. Os vencedores do consórcio que vai administrar o Maracanã são Flamengo e Fluminense. Eles terão 180 dias para administrar o estádio, prorrogável por mais 180 dias. É o tempo que teremos de, também em um processo transparente e ético, fazer uma nova parceria público-privada definitiva por 35 anos", informou o governador Wilson Witzel nas redes sociais.
O contrato para administrar o Complexo Maracanã prevê o pagamento mensal de 166.666,67 reais ao Estado do Rio de Janeiro, valor que será repassado aos anexos Célio de Barros e Júlio Delamare.
Os dois clubes também vão arcar com os custos fixos do Maracanã, em torno de 2 milhões de reais ao mês.
Fluminense e Flamengo terão direito a explorar o Tour Maracanã, repassando 10% do faturamento mensal ou um mínimo de R$ 64 mil.
Uma empresa criada pelos dois clubes ficará responsável pela administração do estádio e pela arrecadação para manter o Maracanã funcionando.
Botafogo e Vasco, que estão fora da nova gestão do estádio, poderão jogar no Maracanã, mas mediante ao pagamento de um aluguel de 90 mil reais, além das despesas operacionais dos jogos.
No mês passado, o governo do Rio cancelou a concessão por 35 anos realizada em 2013 ao grupo Odebrecht, alvo da Operação Lava Jato. Mas o contrato já estava suspenso desde setembro.