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Estado de Minas

Líderes dos protestos no Sudão rejeitam 'golpe de Estado' do regime


postado em 11/04/2019 10:52

Os líderes dos protestos no Sudão rejeitaram nesta quinta-feira as medidas anunciadas pelos militares, argumentando que foi um "golpe de estado liderado pelo regime" e pediram que as manifestações continuem.

"O regime organizou um golpe militar apresentando os mesmos rostos (...) contra os quais o nosso povo se rebelou", disse a Aliança pela Liberdade e da Mudança em um comunicado, que pedia para continuar a manifestação em frente à sede das Forças Armadas em Cartum e em todo o país.

O Exército sudanês afastou do poder o veterano presidente Omar al-Bashir e o prendeu, conforme anunciou o ministro da Defesa, Awad Ibnouf, na televisão estatal.

"Eu anuncio, como ministro da Defesa, a queda do regime e prendo seu chefe em um lugar seguro", disse Ibnouf.

Bashir, que governou com mão de ferro desde que assumiu o poder em um golpe apoiado pelos islamitas em 1989, foi expulso depois que a força militar não conseguiu encerrar quatro meses de protestos em todo o país pedindo sua saída.

"Nós o substituímos por um conselho militar provisório por dois anos e suspendemos a constituição de 2005 no Sudão", disse Ibnouf, lendo um comunicado.

"Anunciamos um estado de emergência em todo o país por três meses e ordenamos o fechamento das fronteiras e do espaço aéreo do país até que um novo anúncio seja feito".

Ibnouf disse que o conselho militar também declarou um cessar-fogo nacional, que inclui as regiões devastadas pela guerra de Darfur, Nilo Azul e Kordofan do Sul, onde o governo de Bashir lutava há tempos contra rebeldes de minorias étnicas.


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